Uma história real de uma mulher casada diagnosticada com vaginismo.
Outro dia eu encontrei uma conhecida e ela me relatou sua história que estava guardada a anos para si, o seu grande segredo é que mesmo depois de um longo casamento ela continuava virgem. Sim, isso mesmo, mas o motivo não era falta de amor ou coisa do tipo e sim um diagnóstico que precisava de um tratamento, ela sofria de vaginismo. A dispareunia (dor durante o sexo) ocorre por inúmeras causas e atinge ambos os sexos. O vaginismo é um dos tipos de dispareunia que acomete as mulheres.
Se você nunca ouviu essa palavra, o vaginismo é caracterizado pela contração involuntária dos músculos (espasmo) ao redor do orifício da vagina, causando dor, dificuldade e até impossibilidade de manter relação sexual, sem causa física.
É claro que existem milhares de casos como dessa pessoa que compartilhou sua história comigo, mas porque será que esse é um assunto tão desconhecido pela maioria das pessoas?!
Sim, um dos motivos é a vergonha e constrangimento que envolve tudo que está ligado ao sexo e o outro é que assim como essa mulher, muitas outras não recebem um diagnóstico assim que enfrentam essa situação pela primeira vez e acabam aumentando psicologicamente as proporções desse problema.
Essa história se trata de um casal desde a noite de núpcias começaram a enfrentar esse problema que foi se tornando um gigante na vida do casal. Segundo o relato dessa conhecida, no início da sua caminhada em busca de respostas do porque apesar de amar seu marido ela e seu esposo não conseguiam consumar o casamento ela ouviu de tudo um pouco de diversos profissionais: “você só precisa relaxar”, “toma um porre que isso passa”…
Tempos depois, durante as análises feitas por um determinado período foi descartada como causa do seu vaginismo um abuso na infância ou adolescência, diagnóstico que é apontado como motivo principal para muitas mulheres que enfrentam essa mesma dificuldade na vida sexual.
Passado um tempo sendo acompanhada por psicóloga, sexóloga e fisioterapeuta, essa mulher começa a perceber que o vaginismo não era o único problema dessa casal. O marido companheiro que antes parecia estar esperando o tempo da esposa se curar do vaginismo, passou a se mostrar como uma pessoa muito individualista e talvez até mesmo egoísta, ele encontrou uma maneira de viver sem o sexo e essa mulher se vê perdida, pois, tudo que estava sendo tratado na fisioterapia e terapia não seria possível praticar em casa e finalmente consumar o casamento com o sexo, pois, esse casal já não era mais um, mas sim duas pessoas distantes e aparentemente lutando por ideais diferentes na vida.
Infelizmente essa é uma história que ainda não tem um final feliz, mas a mulher que relata tal história não é mais a mesma desde que recebeu o diagnóstico e buscou pela cura. Ver o vaginismo como uma patologia foi fundamental para que essa amiga não se contentasse com suas descobertas. O casamento se acabou, mas ela está cada vez mais fortalecida psicologicamente pra ser num futuro próximo ser receber o diagnóstico de cura.
Não existe tratamento cirúrgico para este distúrbio sexual. O processo de cura é lento e delicado, pois consiste sempre em acompanhamento psicoterápico, junto com o trabalho de um médico ginecologista para cuidar da anatomia e da fisiologia. E o tempo do tratamento depende do histórico da paciente, mas ela não fica condenada a não ter relações. A mulher, após o tratamento, desenvolve todas as condições para experimentar uma relação sexual normal.
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